Artista da Semana: Sofia Coppola
Sofia Coppola é uma artista diferenciada. Por mais que não seja boa atriz ("O Poderoso Chefão: Parte III" que o diga), ela se tornou uma excelente roteirista e diretora. Filha do grande Francis Ford Coppola, ela teve uma escola de cinema na própria casa. Com mais um filme seu em competição no Festival de Cannes, vou aproveitar a deixa para prestar esta homenagem, também poucos dias depois de completar 46 anos (no dia 14 de maio). ⠀ Já em seu filme de estreia, "As Virgens Suicidas" ("The Virgin Suicides", 1999), impressionou a crítica e foi o queridinho do Festival de Sundance. Sua aclamação veio no filme seguinte, pelo qual foi a terceira mulher a ser indicada ao Oscar de Direção, vencendo na categoria de Roteiro Original. Falo do deliciosamente melancólico "Encontros e Desencontros" ("Lost In Translation", 2003). ⠀ Ela chegou a Cannes pela primeira vez pelo filme "Maria Antonieta" ("Marie Antoinette", 2006), vaiado em alguns momentos da sessão oficial, mas ao final foi aplaudido de pé pela plateia. Reações negativas à parte, o filme perdura como um dos seus melhores trabalhos, com sua autenticidade característica. Não levou a Palma de Ouro, mas recebeu o Prêmio do Sistema de Educação Nacional Francês. Ganhou um merecidíssimo Oscar de Melhor Figurino. Quatro anos depois, ela lançou "Um Lugar Qualquer" ("Somewhere", 2010), que apesar de não ter sido uma unanimidade na crítica, também foi premiado, desta vez com o Leão de Ouro do Festival de Veneza. ⠀ Seus dois últimos filmes voltaram a ser selecionados para Cannes. Enquanto "Bling Ring: A Gangue de Hollywood" ("The Bling Ring", 2013) fez parte da amostra Un Certain Regard, este ano ela está de volta à competição pela Palma de Ouro com a refilmagem do filme "O Estranho que Nós Amamos" ("The Beguiled", 1971). Com Nicole Kidman, Kirsten Dunst, Colin Farrel e Elle Fanning no elenco, é um dos mais aguardados do festival (no Brasil, vai se chamar "O Estranho que Nós Amávamos", ligeiramente diferente do original). ⠀