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História da Semana: Erich von Stroheim e o Naturalismo no Cinema


Após D. W. Griffith apresentar a linguagem clássica de Hollywood, em poucos anos ela se tornou difundida e levou outros cineastas a proporem novas formas de linguagem. Um deles foi Erich von Stroheim (1885-1957), diretor nascido na Áustria mas com carreira nos EUA, que lançou a teoria cinematográfica do Naturalismo. A força do filme deveria vir de seu apelo baseado na realidade. Sendo assim, criou-se a premissa de que deveriam trazer a história o mais próximo do natural, motivando a busca por realizar as filmagens em locações, que por si só já trariam um valor histórico e social das mesmas para a obra. Isso ia ao contrário da tendência dos grandes estúdios que concentravam toda a produção num só lugar. Em "Ouro e Cobiça" ("Greed", 1924), o primeiro filme rodado inteiramente em locações (São Francisco e Vale da Morte, ambos na Califórnia), o diretor acabou concluindo um corte final de 07 horas, o que enfureceu os produtores da MGM, que cortaram boa parte do filme, ficando com pouco mais de 02 horas de metragem. A duração era defendida pelo diretor com base na prerrogativa de que elipses de tempo não eram consideradas "naturais" ou algo que se adequaria à fluidez narrativa. O filme foi um fracasso comercial, mas é visto hoje como sua obra-prima. Existe uma versão "restaurada" com 04 horas de duração, porém não com todo o material original, pois é dito que o estúdio queimou os filmes que tinham sido descartados, sendo utilizadas fotografias no seu lugar.

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