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História da Semana: A Teoria Formativa de Eisenstein


Continuando a falar sobre as teorias cinematográficas, essa semana é a vez da Teoria Formativa, que surgiu na França e na Alemanha nos anos 20, mas teve seu maior exponente na União Soviética com Sergei Eisenstein, que expandiu conceitos narrativos de D. W. Griffith (da linguagem clássica) em busca do status de arte para o Cinema. Contrapondo-se a algumas prerrogativas do Naturalismo de Erich von Stroheim, ao invés do compromisso inequívoco com a realidade, a preocupação da teoria era a de não apenas registrar a realidade, mas sim transformá-la, manipulá-la, garantindo assim sua transformação em arte. A ênfase desta teoria reside então no poder da montagem para alcançar tais objetivos, ajudando a prover valor dramático a um filme. Em "O Encouraçado Potemkin" ("Bronenosets Potemkin", 1925), Eisenstein demonstra brilhantemente esta premissa na famosa cena das escadarias de Odessa (cidade da Ucrânia), em que consegue realizar uma extensão do tempo por intermédio da montagem, apenas exibindo closes eficazes de diferentes locais da escadaria (às vezes até repetidos) que estariam ocorrendo simultaneamente. O evento retratado dura cerca de um minuto mas a cena consegue durar cinco minutos, promovendo mais tensão para o espectador.

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