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História da Semana: André Bazin e a Teoria Realista


De forma algo similar ao que Erich von Stroheim pregava no Naturalismo, o francês André Bazin (1918-1958) elaborou a chamada Teoria Realista, considerada por muitos a mais importante teoria cinematográfica para o desenrolar dos grandes movimentos mundiais de Cinema do século XX. Focando na caracterização do Cinema como arte, enfatizou-se o importante papel social do mesmo, que teria um alcance tanto vertical (dos mais para os menos abastados) quanto horizontal (seja na América, seja na Ásia). Tal papel estaria fortemente ligado à realidade que se quer passar, sendo deliberado que ela nunca seria alcançável no Cinema; é apenas uma seleção de uma realidade que é retratada e que garante a vertente artística do Cinema. No entanto, a diferença para o Naturalismo está em não abrir mão das variadas técnicas de produção, sejam cortes, elipses, enquadramentos que não sejam reais; o objetivo é que a imagem consiga transmitir algo real. Por exemplo, ao utilizar enquadramentos abertos com grande profundidade de campo, seria permitido que o espectador pudesse guiar o seu próprio olhar para a explorar a cena (algo que aconteceria na realidade), não apenas ser direcionado pelo diretor para um foco único. Ele não foi cineasta, apenas crítico e teórico cinematográfico. No entanto, suas ideias foram base para muitos cineastas, sobre os quais falarei em outras semanas, tendo como principais adeptos movimentos como o Neorrealismo Italiano e o Cinema Novo Brasileiro.

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