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Indicados a Melhor Filme: "Lady Bird - A Hora de Voar"


Minha classificação dos indicados a Melhor Filme em contagem regressiva para o Oscar

7. Lady Bird – A Hora de Voar (Lady Bird / Dir.: Greta Gerwig)

Num ano em que diretoras como Sofia Coppola (“O Estranho que Nós Amamos”), Kathryn Bigelow (“Detroit em Rebelião”), Dee Rees (“Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi”) e, por que não, Patty Jenkins (“Mulher-Maravilha”) entregaram obras memoráveis, a Academia pareceu ter escolhido “apenas uma” para destacar; e esta acabou sendo a estreante (e talentosa) Greta Gerwig (que amamos no papel principal de “Frances Ha”, de 2012), apenas a 5ª mulher na história do Oscar a concorrer ao prêmio de Melhor Direção.

Não deve haver dúvidas de que seu filme é realmente uma pequena joia rara, pela forma segura e dinâmica com que conta uma história com personagens que ela (que também é a roteirista) parece conhecer bem de perto. Enriquecido pelas atuações excelentes de Saoirse Ronan (brilhando do começo ao fim) e Laurie Metcalf (que deveria ganhar o Oscar de Atriz Coadjuvante, mas não vai), acompanhamos as incertezas da adolescência de “Lady Bird” com uma riqueza de nuances que podem passar como apenas “simples”, mas que atestam a delicada construção do roteiro.

Podendo surpreender no domingo (tanto em Roteiro Original quanto em Filme), este queridinho da crítica americana traz um anseio crescente da indústria pelas visões de artistas que fogem do “padrão”, que aqui no caso seria a visão da mulher (o que não deveria nem mais ser uma questão). Com uma mensagem clara e emocionante, a força e o apelo da obra estão na intensa relação entre mãe e filha. Permitir que histórias genuinamente verdadeiras como essa recebam o foco dos holofotes, foi um acerto da Academia. Só é uma pena que isso, talvez, tenha significado preterir filmes como os citados no início deste texto.


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