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História da Semana: As Vanguardas Europeias (Parte 7)


Como já expressado nas duas últimas semanas, os filmes alemães da década de 20 estavam conectados pela onda de pessimismo e questionamento da razão do pós-guerra. Com filmes que buscavam diminuir a luz para focar em pessoas ou objetos com contrastes fortes, tais escolhas técnicas acabavam acentuando o exagero das atuações que buscavam demonstrar sentimentos hiperbólicos (em negação à razão).

Um dos diretores da época que se destacou internacionalmente com obras expressionistas foi F. W. Murnau (1888-1931). Em "Nosferatu" (1922), o tema sobrenatural acabou sendo terreno fértil para a linguagem expressionista, utilizando maquiagem e cenários similares aos vistos em "O Gabinete do Dr. Caligari" (1920). Já em "A Última Gargalhada" (1924, foto), Murnau fugiu um pouco da estética expressionista, mantendo a temática pessimista.

Aproximando-se do chamado "Kammerspielfilm" (algo como "drama de câmara"), o filme focou em estados psicológicos de seus personagens, assemelhando-se a encenações teatrais com poucos personagens e poucos cenários. A história do porteiro de um hotel que acaba sendo colocado em um cargo menor e menos prestigiado devido a sua avançada idade foi recebida com louvor pela crítica mundial.

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