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História da Semana: As Vanguardas Europeias (Parte 14)


O filme considerado como o marco inicial do Surrealismo no Cinema foi o francês "A Concha e o Clérigo" (1928), que não é tão conhecido como o principal (e muitas vezes creditado erroneamente com tal pioneirismo) representante do movimento: "Um Cão Andaluz" (1929), de Luis Buñuel e Salvador Dalí (sobre o qual falarei na semana que vem). Dirigido pela francesa Germaine Dulac, o filme de 1928 foi feito baseado num argumento do escritor francês Antonin Artaud, ilustrando as alucinações eróticas de um padre com a esposa de um general. Ele é tido como um dos maiores filmes feministas da história, por ter sido lançado numa época em que os filmes eram quase exclusivamente dirigidos por homens (algo que não foi muito diferente até décadas recentes, não é mesmo?). Como um bom exemplar do Surrealismo, o filme utiliza montagens que intercalam cenas reais com cenas imaginadas, praticamente dissolvendo imagens entre si, o que parece demonstrar o flerte pretendido com o subconsciente. Como obra experimental, foi duramente criticada na época, sendo inclusive questionado se tinha algum sentido sequer. Análises mais apuradas o defendem como uma crítica ao patriarcado e à sexualidade masculina.

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