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História da Semana: As Vanguardas Europeias (Parte 15)


Quando se fala no Cinema Surrealista, há quase uma automática associação com o espanhol Luis Buñuel. Citado por muitos como o "pai" do movimento no Cinema, seu exemplar mais famoso foi o seu curta-metragem de estreia, "Um Cão Andaluz" (1929), feito na mesma França da diretora Germaine Dulac (que não infrequentemente é "esquecida" como a pioneira do movimento). Escrito por ele e pelo seu amigo Salvador Dalí (o pintor que dispensa apresentações), ele é um exemplo da interação do Cinema com as outras artes (como foi característica da maioria destas vanguardas europeias). Nem um pouco preocupado com belezas ou encantamentos, o abstrato domina o tom da produção, com a intenção de causar o choque no espectador. Na cena mais famosa do movimento, uma mulher olha em direção à câmera e tem o seu olho cortado por uma navalha afiada, numa curtíssima mas arrepiante cena. Como objetivo aparente de seus criadores, não há a mínima intenção de oferecer um sentido plausível para o que o espectador vivencia no curta, que acabou tendo seu carimbo na História do Cinema pelo escândalo de seu conteúdo.

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