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Frase da Semana: "Hereditário"


"I am your mother!"

"Eu sou sua mãe!" Muito tem se falado nos últimos anos sobre a nova fase de bons filmes de terror, liderados pelo estúdio Blumhouse. Títulos que vão desde "Atividade Paranormal" (2009) até o Oscarizado "Corra!" (2017) trouxeram sustos e aflições que agradaram o público e a crítica ao fugir do padrão e apostar nas produções independentes. É exatamente este o contexto que nos trouxe, enfim, à obra-prima de terror deste século: "Hereditário" (2018). Em cartaz no país desde o dia 21/06, este é aquele tipo de filme que, apesar de excelente, não deve ser recomendado tranquilamente por aí. Por mais que seu roteiro seja eficaz na construção da tensão e corajoso na exibição do horror, ele não é um filme agradável. Perturbador ao ponto de manter algumas imagens em sua cabeça por dias, este pode ser justamente o ponto para defendê-lo em sua qualidade, mas de igual forma o motivo para algumas pessoas não assistirem ao filme. À frente de todo esse efeito perturbador está a atuação vibrantemente assustadora de Toni Collette. Com conversas de "Oscar" desde a exibição do filme no Festival de Sundance em janeiro, seria mesmo uma grande injustiça não vê-la na lista de atrizes indicadas no próximo ano. No entanto, pelo inerente efeito misto que o filme causa nas pessoas (admiração pela arte, aversão pelos efeitos emocionais), isso não é improvável. A frase escolhida para ilustrar esse texto não exerce seu efeito isoladamente, pois está em um monólogo arrepiante da atriz (cujos desdobramentos não comentarei aqui), apenas um dos momentos de brilho do diretor e roteirista Ari Aster. Ao compararem seu filme com obras como “O Exorcista” (1973) ou “O Iluminado” (1980), fica patente que estamos diante de um talento para ser acompanhado de perto a partir de agora.

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