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História da Semana: As Vanguardas Europeias (Parte 16)


Alem do icônico “Um Cão Andaluz” (1929), o espanhol Luis Buñuel também é conhecido pelo seu filme seguinte, “A Idade do Ouro” (1930), que não foi um curta-metragem como o seu projeto de estreia (eles duram 16 e 63 minutos, na ordem cronológica). Ele foi um dos primeiros filmes sonoros a estrearem nos Cinemas franceses e entrou para a história como o principal longa do movimento. Contando a história de um casal que encontra obstáculos sucessivos para consumar o seu amor, sejam eles provenientes de suas famílias, da Igreja ou da sociedade burguesa, a premissa narrativa pode parecer simples, mas não nos enganemos. Com cenas provocadoras como a da mulher que eroticamente beija o pé de uma estátua ou como as de violência que seguem como reflexo do impedimento de tal amor, ele é um filme surrealista em sua plena forma. Tecendo suas críticas contra os valores rígidos da religião (o próprio Buñuel foi educado por jesuítas e morava em frente à igreja de sua cidade), a hipocrisia da repressão sexual da sociedade e as insanidades da vida moderna servem de fluxo do inconsciente para o filme, que igualmente ao curta de 1929 também foi co-roteirizado por Salvador Dalí.

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