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História da Semana: As Vanguardas Europeias (Parte 17)


Após ter ilustrado o nascimento do Surrealismo no Cinema com as obras de Germaine Dulac, Luis Buñuel, Salvador Dalí e Jean Cocteau nas últimas semanas, o movimento enquanto vanguarda europeia não se estendeu muito além destes nomes e do período que englobou o final da década de 20 e início dos anos 30.

No entanto, ele exerceu uma indubitável influência em obras futuras, seja em passagens específicas de filmes e séries ou mesmo em narrativas inteiras, com nomes como Alfred Hitchcock e Walt Disney flertando com o surrealismo ao trabalharem, por exemplo, com o próprio Salvador Dalí em obras como "Quando Fala o Coração" (1945) e o curta-metragem finalizado postumamente "Destino" (2003), respectivamente.

Um dos diretores da atualidade (ou de qualquer época) que é facilmente lembrado pelos fortes traços do surrealismo em suas obras é o americano David Lynch. Além de filmes como "Veludo Azul" (1986), "Estrada Perdida" (1997) e "Cidade dos Sonhos" (2001), sua estreia no Cinema com o longa-metragem "Eraserhead" (1977) foi fortemente carregada em influências dos filmes de Buñuel.

Contando a história do relacionamento do personagem principal com sua irritada namorada, que geram um filho deformado (foto) que vai levar o casal próximo à insanidade, o filme é envolto numa atmosfera de pesadelo provocado pelas amarras do mundo industrial e do casamento (em críticas similares às de "A Idade de Ouro", de 1930), além da violência crua que tem sua fonte na famosa cena da navalha no olho de "Um Cão Andaluz" (1929).⠀

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