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Quadro da Semana: "Batman: O Cavaleiro das Trevas"


"Batman: O Cavaleiro das Trevas" ("The Dark Knight", 2008)

Diretor de Fotografia: Wally Pfister

Diretor: Christopher Nolan

Extensamente comemorado ontem (18/07), o aniversário de 10 anos do lançamento do icônico filme do diretor Christopher Nolan não é um evento que merece passar em branco. Sua contribuição irrevogável para a valorização artística dos filmes baseados em quadrinhos ou super-heróis foi e continua sendo pauta para vários artigos sobre o Cinema Contemporâneo, cada vez mais recheado de continuações ou “reboots” (ou refilmagens).

Longe de mim querer criticar essa tendência que atinge o enorme sucesso comercial que a Disney e a Marvel Studios vêm apresentando. Entendendo o que o público quer ver, os realizadores têm se permitido aventurar na forma de fazer estes filmes, vez ou outra fazendo sucesso. Pessoalmente, sou um (eu sei) isolado fã do que Ang Lee fez com o seu Hulk (2003), que por mais que seja esquecido voluntariamente pelos fãs do personagem, até hoje é comentado sobre suas técnicas de montagem.

Nesse exercício de estilo, o que Nolan faz com sua trilogia sobre o “Cavaleiro das Trevas” é revigorante, pois há uma mudança de estilo de um filme para o outro, sendo reconhecido que não deve haver melhor filme do gênero que esse filme de 2008. Desde a atmosfera sóbria e sombria, passando pelas motivações éticas das decisões dos personagens principais até a assombrosa e eterna atuação de Heath Ledger, é sabido que a qualidade dessa obra mudou muita coisa em Hollywood.

Curiosamente, uma delas foi uma prometida abertura da Academia para filmes do gênero. Figurando como o melhor filme do ano em algumas listas de críticos, ele falhou em conseguir, mesmo com 8 no total, uma indicação ao prêmio de Melhor Filme, no último ano em que apenas 5 filmes eram indicados nesta categoria. Não há uma menção direta, mas a expansão deste número para 10 no ano seguinte teve motivação primordial nesta esnobada retrospectivamente injustificável.

Até hoje, não adiantou muita coisa para os filmes do gênero. Muitos esperavam que tivesse acontecido esse ano com “Mulher-Maravilha” (2017). Muitos esperam que aconteça com “Pantera Negra” (2018) no ano que vem. Caso aconteça, os 10 anos passados entre os dois filmes tentarão encerrar uma dívida da Academia para um gênero popular que consegue eventualmente belas obras de Cinema.

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