Artista da Semana: Robin Williams
Robin Williams não merece ser esquecido. Conhecido mundialmente pelo seu talento nos papéis cômicos, o ator americano estaria completando 67 anos neste sábado (21/07) caso não tivesse nos deixado em 2014 em seu mais perigoso papel dramático. Mesmo que este não estivesse escrito em um roteiro ou sendo capturado pelas lentes de uma câmera, ele determinou sua partida precoce em meio às armadilhas da depressão. ⠀ É certo que queremos nos lembrar de Williams pela excentricidade do DJ Adrian Cronauer em “Bom Dia, Vietnã” (1987), pelo idealismo do professor John Keating em “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), pela vivacidade do Gênio de “Aladdin” (1992), pela coragem do desesperado pai Daniel Hillard em “Uma Babá Quase Perfeita” (1993) ou pelo humor quase inabalável do personagem-título de “Patch Adams, O Amor É Contagioso” (1998), mas aquele último papel não deve ser desconsiderado. ⠀ Fadada a se tornar a doença mais prevalente no mundo em poucos anos, a depressão não é nem brincadeira nem objeto avulso de opiniões pessoais. Além de ser uma doença, a qual é a principal causa de incapacidade no mundo, ela não representa fraqueza ou “falta de Deus” daqueles que a enfrentam. Casos como o de Williams nos ajudam a tentar manter o alerta ligado, seja para tentar ajudar o próximo ou para salvar a si mesmo. ⠀ Com a absurda falta de empatia que adoece cada vez mais o nosso mundo, é duro que estas pessoas tenham também que lidar com o estigma do preconceito, o qual retarda ou extingue a iniciativa da busca por ajuda médica. Com os devidos medicamentos (individualmente selecionados por especialistas) e o adequado acompanhamento psicológico, há sempre um meio de vencer esta batalha. Não esquecer Robin Williams pode ajudar a alcançarmos o maior número possível destas vitórias. ⠀