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História da Semana: A Teoria Fenomenológica


De forma praticamente contrária à abordagem de Metz para o Cinema (metódico e científico), outros teóricos defenderam a chamada Teoria Fenomenológica. Seus maiores defensores foram dois franceses: Amédée Ayfre (1922-1964) e Henri Agel (1911-2008, foto). Conterrâneos e inspirados em André Bazin, pregavam que nem tudo no Cinema podia ser isolado ou absoluto como em elementos de uma equação matemática. Pela teoria, o Cinema é um trabalho de arte etéreo, existindo apenas para experiência e apenas se experimentado. Um trabalho que lança mão do psicológico e da intuição de seu criador, lidando com verdades que não podem ser sempre reduzidas à lógica. Com isso, eles tentam abrir a mente de uma sociedade presa ao significado (imposto a um objeto pelo homem) para a contemplação de experiências que lhes mostrem o sentido (o que o objeto irradia naturalmente). Em seu livro "Poétique du Cinéma, Manifeste Essentialiste" (1973), o próprio Agel resumiu as diferenças da seguinte forma: enquanto os semióticos, com suas teoria e método analíticos, apoiam um Cinema que analisa o mundo, os fenomenólogos oferecem uma "poética" que valoriza os grandes filmes sobre a vida, a unidade, o acordo e a síntese.

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