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História da Semana: A força dos diálogos de Elia Kazan


Outro grande nome do Cinema Moderno nos Estados Unidos na década de 50 foi o de Elia Kazan. Filmes como “A Luz é Para Todos” (1947), “Sindicato de Ladrões” (1954) e “Vidas Amargas” (1955) entraram para a história do Cinema devido à sua habilidade em extrair dos atores o grande poder de suas narrativas, sempre muito focadas nos diálogos (e não nas imagens, como era o Cinema de Samuel Fuller, por exemplo). Não foi à toa que seus filmes levaram 21 atores e atrizes a receberem indicações ao Oscar (dentre os quais destacam-se suas revelações Marlon Brando e James Dean), com 9 vitórias dentre eles. Três destas vieram naquele que é o meu favorito pessoal, "Uma Rua Chamada Pecado" (1951, foto), que rendeu os prêmios de Melhor Atriz, Atriz Coadjuvante e Ator Coadjuvante para Vivien Leigh, Kim Hunter e Karl Malden, respectivamente. Buscando temas socialmente relevantes para o exercício artístico da empatia, Kazan abordou o anti-semitismo, o racismo e a corrupção sindical com auxílio de narrativas que não traziam personagens idealizados como Hollywood estava costumada a oferecer. No filme de 1951, por exemplo, os personagens criados por Tennessee Williams exibiam comportamentos imprevisíveis que exploravam os tormentos das relações afetivas adultas de uma forma ainda pouco vista com tamanha intensidade.

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