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História da Semana: O perfeito encontro de Nicholas Ray com James Dean


O diretor americano Nicholas Ray também merece o seu lugar por direito ao lado de Samuel Fuller e Elia Kazan como exemplares do significado do Cinema Moderno nos Estados Unidos. Diretor de filmes elogiados como “No Silêncio da Noite” (1950) e “Sangue Sobre a Neve” (1960), foi com “Juventude Transviada” (1955) que ele teve o grande momento de sua carreira, justificando a primeira frase deste parágrafo. Focando em três jovens que não enfrentaram diretamente os problemas da guerra (dos quais as gerações anteriores ainda se recuperavam), os conflitos aqui encarados encontravam-se no campo psicológico, fadados a não encontrarem o “happy ending” que Hollywood até então sugerira ser obrigatório. Com uma moralidade variável, os personagens não tinham um objetivo claro e caprichosamente delineado desde o começo de suas histórias, encontrando, então, algum eco na realidade. Assim como nos filmes de Kazan, os diálogos exerciam seu papel de trazer camadas imprevisíveis aos personagens, mas também houve espaço para uma coreografia entre estes e a câmera, trazendo à tona emoções em jogos de luz e enquadramento. Responsável pela sua única indicação ao Oscar na carreira (na categoria de Melhor Roteiro Original), esse filme ajudou a popularizar nomes como o de Natalie Wood e, claro, James Dean, mas certamente foi o que eternizou o de Ray.

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