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História da Semana: A genialidade de Orson Welles


O diretor americano Orson Welles (1915-1985) é tido por muitos como um gênio da linguagem cinematográfica. Com obras elogiadas como "A Dama de Shanghai" (1947) e "A Marca da Maldade" (1958), ele é mais um que podemos colocar na lista dos que inovaram no Cinema Moderno, porém sem tirar completamente os pés do Cinema Clássico. Sua obra mais famosa, "Cidadão Kane" (1941), é uma verdadeira aula de Cinema neste sentido. Não foi à toa que por muitos anos foi considerado o melhor filme de todos os tempos. No filme de 1941, o próprio diretor (e roteirista) interpreta o personagem-título Charles Foster Kane, uma personificação de vários magnatas da mídia. Iniciando o filme com um pseudo-documentário sobre o misterioso magnata (tudo o que vemos neste segmento é através das lentes e filtros do jornalismo), continuamos a conhecê-lo através das lembranças de outros personagens, delineando através da narrativa a criação de um mito que talvez tenha convencido muitos de que era real. O mistério da trama acerca do significado da última palavra que Kane fala em seu leito de morte, "Rosebud", serve como fio condutor para a história - o jornalista Jerry Thompson (William Alland) é designado para desvendá-lo -, vindo a ser revelado no final apenas para o espectador (isto é, sem que os demais personagens também descubram), o que é considerado "um pé" no Cinema Clássico, que geralmente não deixa os espectadores sem explicações.

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