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História da Semana: O flerte de Hitchcock com o Cinema Moderno


Estamos ainda falando dos diretores americanos que abraçaram o Cinema Moderno sem sair completamente do Cinema Clássico e nos deparamos com um certo inglês de nome Alfred Hitchcock. Apesar de ter iniciado sua carreira no Reino Unido, ele se mudou para os Estados Unidos em 1940, onde teve a sua melhor fase. Maníaco por precisão, seus filmes eram milimetricamente planejados (com storyboards confeccionados do começo ao fim), o que permitia o domínio completo da sua habilidade de criar suspense. É mais do que sabido que seu filme mais amplamente conhecido é “Psicose” (1960), que guarda a icônica reviravolta (cuidado com o spoiler de 59 anos) do assassinato da protagonista (Marion Crane, interpretada por Janet Leigh) na metade da projeção. Deixar toda uma geração com medo de se hospedar nos motéis à beira da estrada foi certamente uma boa tradução do impacto que ele provocou com a história de Norman Bates (Anthony Perkins). Aliás, ele não é chamado de Mestre do Suspense à toa. Diferentemente de autores como Stephen King e Agatha Christie, Hitchcock costumava revelar o assassino dos filmes já no primeiro terço da história, permitindo que o espectador acompanhasse tanto a investigação dos “mocinhos” como também as tentativas de fuga do vilão, que muitas vezes apresentava-se com bom comportamento perante os outros (“o mundo das aparências”). Isso aconteceu em filmes como “Disque M para Matar” (1954) e “O Homem que Sabia Demais” (1956), mas não no filme de 1960.

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