História da Semana: O Cinema Moderno na França representado pelo Realismo Poético Francês
Após citarmos alguns nomes relevantes para o chamado Cinema Moderno nos Estados Unidos nas últimas semanas, vamos cruzar o Atlântico para dar uma especial atenção a artistas e títulos memoráveis que também fugiram das convenções cinematográficas em voga e mudaram a história do Cinema. Com a proposta de ir da Europa até o Japão, a primeira parada vai ser na França, com algumas curiosidades sobre o Realismo Poético Francês. ⠀ Facilmente correlacionado a Jean Renoir, tal movimento é mais precoce que os filmes e diretores citados nas últimas semanas, tendo inclusive ainda muitas semelhanças com as Vanguardas Europeias, mas com seus inegáveis toques de modernidade. De metade dos anos 30 até os anos pós-guerra (1945), esse foi um movimento que colocava o roteirista como o principal responsável pelo filme, justamente por ser dono e autor da história, o que trouxe jornalistas e escritores para o Cinema. ⠀ "O Atalante" (1934, foto), do diretor Jean Vigo, é considerado o estopim pois já demonstrava uma quebra com as vanguardas anteriores. Com uma qualidade estética que o manteve como um dos melhores exemplares do movimento, ele contava a história de um casal em lua-de-mel em uma pequena barca, passando pelas imagens de ambientes populares das periferias de cidades francesas. Dessa forma, trazia as principais características narrativas do movimento: contar uma história de forma poética e traçar um reflexo da realidade da época. ⠀