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Quadro da Semana: "A Bela Adormecida"


"A Bela Adormecida" (“Sleeping Beauty”, 1959)

Diretor: Clyde Geronimi Na última terça-feira (29/01), a 16ª animação clássica da Disney completou 60 anos desde sua première exclusiva em Los Angeles. Com expansões de salas e relançamentos ao longo de todo o ano de 1959, o filme acabou sendo mais um grande sucesso do estúdio. Arrecadando a 2ª maior bilheteria daquele ano (atrás apenas do épico “Ben-Hur”), ele chegou a receber uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora para um filme Musical, que ficou eternizada junto com a canção “Once Upon a Dream” nas memórias das crianças desde então. Adaptado do conto de fadas do francês Charles Perrault, a princesa Aurora era a última personagem de um desses contos reimaginados pelo estúdio antes de um hiato de 30 anos até que Ariel (“A Pequena Sereia”, de 1989) abrisse um novo período bastante prolífico para novas princesas. Curiosamente, enquanto esta última acaba perdendo a voz pelo amor ao seu príncipe, Aurora passa o filme inteiro quase calada, contando com apenas 18 falas, deixando-a praticamente secundária em seu filme, dominado pelas divertidas Três Fadas Boas. Diferentemente das histórias de Branca de Neve (1937) ou de Cinderella (1950), nas quais os príncipes não participam diretamente do conflito final enfrentado pelas protagonistas, o príncipe Phillip é o que mais luta para salvar a sua princesa (inclusive enfrentando e matando a vilã Malévola, transformada em um dragão). Na nova versão da história retratada no filme “Malévola” (2014), essa dependência masculina é parcialmente substituída pelo inesperado amor da vilã pela princesa, muito mais condizente com os ideais atuais de que cada pessoa é capaz de salvar a si mesma, nem que seja pelos sentimentos que desperta nos outros.

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