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Artista da Semana: Pawel Pawlikowski


Em cartaz desde a última quinta-feira no país, o novo filme do diretor polonês Pawel Pawlikowski, "Guerra Fria" (2018), é um daqueles presentes cinematográficos que aceleram o coração com diálogos inspirados e enchem os olhos com quadros belíssimos. Responsável pelo filme que deu o primeiro Oscar de Melhor Filme Estrangeiro para a Polônia ("Ida", de 2014), Pawlikowski foi uma das agradáveis surpresas da lista do Oscar ao ser indicado na categoria de Melhor Direção, deixando de fora outros 4 diretores cujos filmes entraram na lista de Melhor Filme. Com 89 minutos de duração, o filme utiliza com fluidez sua metragem mais enxuta para contar a inevitável e conturbada história de amor entre um diretor musical e uma cantora na Polônia dos anos 50, interpretados por Tomasz Kot e Joanna Kulig (hipnotizante e visivelmente transformada ao longo da narrativa). Apesar de não ser exatamente biográfico, a história é uma assumida homenagem aos pais do diretor, os quais ele descreve como “pessoas fortes e maravilhosas mas, como um casal, um desastre infindável”. Além das indicações de Direção e Filme Estrangeiro, o diretor de fotografia Lukasz Zal voltou a ser lembrado pela Academia após sua indicação por “Ida” e merecia muito o prêmio de Melhor Fotografia. Esta categoria foi uma representação da valorização da Academia neste ano para obras estrangeiras, pois além do polonês, há ainda o alemão “Nunca Deixe de Lembrar” (ainda inédito no Brasil) e o mexicano “Roma”, o qual deve inclusive levar todos os três prêmios a que “Guerra Fria” concorre. Com ou sem Oscars, mais um imperdível lançamento que merece ser visto (e apreciado) na telona do Cinema.

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