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História da Semana: O Cinema Moderno no Japão


Continuando a exploração do chamado Cinema Moderno no mundo, deixamos temporariamente a Europa para nos debruçarmos sobre o extremo oriente, mais precisamente sobre dois nomes japoneses que entraram para a História do Cinema: Yasujirō Ozu e Akira Kurosawa. Além de seus avanços tecnológicos pioneiros, o Cinema Japonês tem nestes nomes uma grande influência estética, por valorizar muito mais a contemplação do que a ação, entregando obras que ainda inspiram cineastas do mundo todo. Grande estudioso do Cinema, Ozu pode ser facilmente encarado como o cineasta mais premiado no Japão (fora dele, Kurosawa teve maior prestígio), colocando em prática em seus próprios filmes algumas discussões de linguagem cinematográfica que lançava em seus livros. Com ampla filmografia que vem desde os tempos pré-2ª Guerra Mundial, ele costumava trazer histórias cotidianas da vida e dos costumes japoneses, colocando em xeque algumas convenções através do drama ou da comédia. Por trazer tais temas, seus filmes carregam camadas de apreciação das tradições japonesas, algumas vezes recheadas com a mais pura doçura pelo retrato recorrente da terceira idade ou da infância. Em “Bom Dia” (1959), quando dois irmãos decidem fazer voto de silêncio em protesto por não terem uma televisão, o espectador é presenteado com boas risadas e uma fluidez narrativa que tornam praticamente impossível não se derreter pelos jovens personagens.

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