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Frase da Semana: "12 Anos de Escravidão"


"I don’t want to survive. I want to live.

"Eu não quero sobreviver. Eu quero viver." Em contraposição às críticas feitas à Academia na última postagem do “Aconteceu no Oscar”, há de se reconhecer e ressaltar os acertos que ela eventualmente comete. Quando “12 Anos de Escravidão” (2013) levou o Oscar de Melhor Filme, estávamos diante da primeira vez que um longa dirigido e escrito (assim como co-produzido) por artistas negros atingia tal façanha. Ainda que seja um feito a ser comemorado, o fato de ter ocorrido apenas na 86ª edição do prêmio limitava um pouco a genuinidade de tal comemoração. Mesmo não tendo levado o prêmio de Melhor Direção (que foi para Alfonso Cuarón por seu “Gravidade”, o meu favorito daquele ano), o britânico Steve McQueen saiu com uma das estatuetas de Melhor Filme justamente por ser um dos produtores (ao lado de nomes como Brad Pitt e Dede Gardner). O escritor John Ridley venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, tornando-se apenas o segundo afro-americano a levar tal prêmio, poucos anos depois de Geoffrey Fletcher ter sido o pioneiro com “Preciosa: Uma História de Esperança” (2009). Baseando-se na história real de Solomon Northup (interpretado por Chiwetel Ejiofor), um negro livre que é capturado e vendido como escravo, o filme ressalta de forma marcante a desumanidade envolvida na escravidão, uma mancha na história da civilização que ainda não conseguiu ser completamente removida, já que a opressão racial herdada de tal relação abusiva ainda dá as caras de forma sistemática (principalmente por aqueles que a negam). Se Northup conseguiu enfim poder viver ao final de sua história, é desolador que esse não seja o desfecho de muitos de seus iguais nos dias atuais.

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