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Aconteceu no Oscar: "Hair Love"


Na cerimônia do Oscar deste ano, a categoria de Melhor Curta de Animação tinha alguns representantes estrangeiros que utilizavam eficazmente a magia cinematográfica para temas delicados como o luto na infância (o checo “Daughter”), a política do filho único na China (o chinês “Sister”) e o esvaimento da memória em processos demenciais (o francês “Memorable”, o meu favorito). Por mais que esses curtas também merecessem o prêmio, a Academia acabou optando pela mais convencional animação americana que tratava de algo aparentemente banal, o cabelo. Com o nome de “Hair Love” (facilmente encontrável no YouTube), o curta não chega nem a 7 minutos de duração, mas consegue cativar o espectador de forma inegável. Exibindo uma menininha negra tentando domar seu volumoso cabelo afro pois está ansiosa para um compromisso contado dia-a-dia em seu calendário de parede, ela vai pedir ajuda ao pai devido à ausência da mãe. Com a ajuda de alguns vídeos da internet, eles passam por algumas dificuldades que afloram as emoções provocadas por aquela ausência, mas que acabam por encontrar um desfecho feliz. Um dos diretores, Matthew A. Cherry, e uma das produtoras, Karen Rupert Toliver, foram os recipientes da estatueta pelo festejado prêmio na longínqua noite de 09 de fevereiro (foto). Levando o mesmo por um simples filme que enaltece de forma leve e bem-humorada o orgulho das características de sua raça, a dupla reforçou que o curta teve a intenção de aumentar a representatividade nas animações, não utilizando uma história de discriminação, mas sim de reforço à normalização da aceitação do seu cabelo natural - algo que a Academia decidiu abraçar sem ressalvas.

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