Frase da Semana: "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres"

"There's some good in this world, Mr. Frodo. And it's worth fighting for."

"Há algo de bom neste mundo, Sr. Frodo. Algo pelo qual vale a pena lutar."

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Há poucos dias, eu me peguei apreciando as belíssimas composições de Howard Shore para a trilogia "O Senhor dos Anéis" (2001-2003) e uma delas acabou me levando a um misto de nostalgia revisora e de ponderação reflexiva. Falo sobre um momento específico de "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres" (2002), cuja composição "Samwise the Brave" pontua de maneira emocionante o monólogo proferido pelo personagem interpretado por Sean Astin.

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A nostalgia fica por conta de a trilogia dirigida por Peter Jackson ter um valor inestimável em meu apreço pelo Cinema. Até o momento, eu sempre tinha o "filme do meio" como "o menor" do grupo (mesmo com, talvez, a melhor batalha do Cinema - a do Abismo de Helm), seja por uma maior afeição à fantasia do filme inicial, seja pela imponência épica do filme concludente. Digo "até o momento" porque a mensagem final talvez nunca tenha sido tão atual e tão sentida.

Destruições potencialmente irreversíveis no meio ambiente, obscurantismo em ideias e crenças desprovidas de empatia e retrocessos autoritários na política mundial vêm diariamente testando os limites de nossa incredulidade de uma forma tão desgastante que torna difícil enxergar um meio de interrompê-los (ou mesmo revertê-los). Todos estes temas estão presentes de forma mais ou menos direta na trama do filme de 2002 e cabe a Sam tentar encontrar palavras encorajadoras para seu enfrentamento.

"Às vezes você não quer saber o fim; porque como o final poderia ser feliz?", diz ele ao citar histórias sombrias e perigosas antes de refletir sobre o caráter potencialmente passageiro de tais forças negativas. Ao lembrar que devemos persistir na luta para deixarmos a sombra para trás, ele ilustra que o bem há sempre de prevalecer, seja ao lado dos Ents, seja contra criaturas que não toleram a luz, seja na figura de um pequeno Hobbit que sente o peso constante do mal mas não o deixa vencer justamente por ter por que lutar.